Jingle bells, jingle bells. A história do sino
Um dos mais comuns símbolos natalícios começou por servir para assinalar o início e o fim da jornada de trabalho.
Primeiro, era um propósito bem pragmático. Contar horas e avisar os trabalhadores de que a jornada laboral estava a arrancar ou a terminar. Era assim na China, há mais de quatro mil anos, lá no tempo onde se encaixam os primórdios do sino. De lá, espalhou-se pela Ásia e pelo Médio Oriente, mais tarde também pela Europa. E algures no caminho abriu-se a novas funções e sonoridades – que é como quem diz, virou instrumento musical. Tanto quanto sabemos, o primeiro documento que se refere ao sino desta forma é da autoria do compositor alemão Georg Melchior Hoffmann, que viveu no século XVII.
Antes, bem antes, no século V, foi adotado pelo Cristianismo, em mosteiros da região de Campânia, no sul de Itália. Daí que ainda hoje o termo campana seja usado como sinónimo de sino. Inicialmente, era usado para convocar os monges para as orações, mas depressa essa vocação se estendeu ao comum dos mortais, passando a ser um instrumento usado para convocar os fiéis para celebrações e outros atos, como funerais, casamentos ou mesmos festas populares.
A partir de indeterminado momento, tornou-se também um objeto intimamente associado ao Natal, com as badaladas a anunciar simbolicamente o nascimento de Jesus Cristo. Daí que ainda hoje o vejamos frequentemente a ser usado como enfeite de porta. Ou pendurado na árvore de Natal em versão minimalista. Ou eternizado em todas as playlists de músicas natalícias. Jingle Bells, Jingle Bells.